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ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/jack/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121Campos do Jordão, conhecida como a “Suíça Brasileira”, é um destino que encanta visitantes com sua arquitetura alpina e clima ameno. Mas é o Parque Amantikir que realmente captura a essência da natureza exuberante da região.
Neste guia, vamos explorar o que torna o Amantikir um lugar imperdível para os amantes da natureza e da tranquilidade.
O Parque Amantikir abriga jardins temáticos que homenageiam diferentes países, oferecendo uma viagem cultural sem sair do Brasil. Cada jardim é cuidadosamente projetado para representar a flora e o estilo paisagístico de sua nação, criando um mosaico de biodiversidade e beleza artística.
Trilhas que revelam surpresas a cada passo Prepare-se para uma aventura sensorial enquanto percorre as trilhas sinuosas do parque. Com cada curva, uma nova paisagem se desdobra, desde vistas panorâmicas da Serra da Mantiqueira até cantos escondidos onde a flora local floresce. É uma experiência que permite aos visitantes se conectar profundamente com a natureza.
O Parque Amantikir não é apenas um local para admirar a natureza; é um convite para vivenciar a harmonia e a paz que ela oferece. Ao visitar Campos do Jordão, reserve um tempo para se perder nos encantos deste jardim mágico e volte para casa com memórias que durarão uma vida inteira. Venha e viva essa experiência!
Ano passado decidimos, eu e a Jack, passar uns dias na Colômbia. Como dispúnhamos de pouco tempo – e não apreciamos simplesmente passar por lugares – decidimos visitar apenas a capital Bogotá e a litorânea Cartagena de Indias.
Estas são algumas das maravilhosas lembranças que trouxemos daquele belo país.
Confesso que não sou muito de organizar viagens, pensar em roteiros e definir exatamente o que quero ver, visitar e fazer. Como estávamos em dois – e a natureza da Jack é bem oposta à minha, já que estuda com afinco os destinos e organiza bem seu roteiro – eu apenas defini que queria, em Bogotá, visitar o Museu Botero e o Centro Cultural Gabriel García Márquez. Também sei do gosto da Jack para museus e programas culturais então não me preocupei, sabia que seria tudo perfeito, apenas segui o fluxo.
Partimos de Guarulhos no início da noite do dia 8 de outubro e, num voo Latam bem tranquilo de algumas horas, chegamos em Bogotá antes da 20 horas (horário local). O horário padrão da Colômbia é GMT -5 (São Paulo e Brasília são GMT -3), logo, ganhamos duas horas. Ops, somos rondonienses (GMT -4), logo, ganhamos apenas uma hora 🙂
Logo após o desembarque, a primeira emoção da viagem: um simpático senhor ofereceu serviço de transporte alternativo e, como estávamos em dupla, tivemos coragem de aceitar. No estacionamento do aeroporto, que fica a nordeste da parte mais central da cidade, nos aguardava um homem jovem que, com um tipo de nervosismo, nos conduziu até um Corsa ou Celta, um veículo minúsculo. Embarcados, fomos levados, em velocidades que não imaginávamos ser possível para aquele carrinho, até a Calle 18, entre Carrera 5 e 8, onde ficava nossa acomodação, o Hotel Santa Lucia Boutique Spa. Superados os sustos do trajeto e o aspecto não muito amistoso (de início) da fachada e da rua, nos surpreendemos com o hotel: muito aconchegante.
Dado o horário, estávamos há horas sem uma refeição decente, apenas com os snacks do serviço de bordo da Latam, mal deixamos as malas no quarto e saímos para comer na Calle 19, par aonde fomos encaminhados pela recepção do hotel. Entramos no Rosh Cafe Pub e pedimos hamburguesas e bebemos nossas primeiras cervejas em solo colombiano. A temperatura bem amena da cidade indicava que seriam dias agradáveis.
A localização da nossa acomodação foi escolhida pela proximidade da Carrera 7, onde apenas pedestres e ciclistas transitam (num exemplo de implementação de walkable neighborhood), da Praça Bolívar (com a Basília Metropolitana, Congresso e Palácio da Justiça, entre tantos outros pontos de interesse), do Bairro La Candelaria e de Monserrate.
No primeiro dia inteiro em Bogotá exploramos as cercanias a pé. A escolha do local se mostrou muito acertada, porque a Carrera 7 é bem movimentada durante o dia mas bem segura de caminhar. Além da tradicional volta pela Praça Bolívar, vistas à Casa de la Moneta e Museu Botero,
O Museu Botero é de imprescindível visita. O acervo, cujo acesso é gratuito, é imenso e é constituído de pinturas e algumas esculturas.
Depois, fomos até o Choro de Quevedo, uma pequena pracinha com alguns restaurantes no entorno. O local, a toda hora da tarde ou noite (e fomos lá umas três vezes) é sempre bastante frequentado. Curiosamente, sempre havia dois policiais no local – e sempre cigarros “meio estranhos” sendo tragados praticamente na presença deles.
No Choro de Quevedo destacamos o Benito Gastrobar (onde travamos conhecimento com o perfumado arroz de coco) e El Gato Gris (provamos uma típica picada com várias linguiças, que é meio entrada, meio prato principal). A essa altura nós já estávamos habituados a pedir duas Club Colombia onde sentávamos, uma “roja” e outra “dorada”.
No segundo dia visitamos o acervo do Museo Nacional e lá ficamos boa parte da manhã. O local é impressionante, com um grande acervo histórico e bastante arte dos povos originários da região. È indispensável uma visita! O Museo fica na Carrera 7, e foi possível ir a pé pois, como dito antes, é bem fácil andar pela região.
Depois, pouco antes do horário do almoço, resolvemos conhecer a Zona T, bairro com muitos restaurantes, bares e comércio mais elitista. Trata-se de uma área que vale algumas visitas, apesar da grande movimentação do local e dos típicos lugares voltados para turistas. Nosso interesse, uma vez que era horário do rancho, se concentrou nos diversos restaurantes do local. Alguns chopps e alguma tapas depois, entramos na Creppes & Waffles, uma rede de fast food (com alguma pretensão) colombiana bem interessante. Na viagem ainda visitaríamos outros estabelecimentos da rede. No começo da noite, já de volta ao bairro onde hospedados, gastamos alguns pesos colombianos (eu uns COP 50000, aproximadamente, R$ 60,00) em máquinas caça-níquel e roletas num pequeno cassino.
Nesse dia, caminhamos mais de 18 km por Bogotá!
No dia seguinte, o segundo na capital, usamos a manhã para visitar outro museu, agora o Museo Del Oro que conta com uma miríade de objetos do metal que nomeia o local, com muitos objetos de arte e de uso quotidiano dos povos originários.
A visita a Bogotá se deu em outubro, quando as temperaturas variam de 11 a 18 ºC. Para um rondoniense, 11 ºC equivale ao congelamento! Entretanto, ventava absolutamente nada na capital colombiana (inclusive em lugares altos, como a Torre Colpatria e Monserrate) de modo que a sensação térmica não era exacerbada. Praticamente não usei mais que camisas leves nas saídas de noite. Dos dias que lá estivemos, apenas choveu levemente em uma madrugada, em nada influenciando nossos roteiros.
Logo que voltamos da viagem pela BR 139, eu e meu irmão Roberto decidimos repetir a cicloviagem que fizemos pelo Caminho da Fé em 2019. O percurso escolhido, que vai de São João da Boa Vista (SP) a Aparecida (SP), tem cerca de 312 km e atravessa a Serra da Mantiqueira.
Para quem não sabe, o Caminho da Fé é um trajeto de peregrinação brasileiro inspirado no Caminho de Santiago de Compostela. Inicialmente feito por alguns peregrinos em direção ao Santuário de Aparecida, em uma rota alternativa a outras, predominantemente pavimentadas, a rota foi oficializada, em 2005.
A história do Caminho da Fé remonta ao início do século XX, quando alguns peregrinos começaram a seguir uma rota alternativa para chegar ao Santuário de Aparecida. Essa rota era mais desafiadora, mas também mais bonita e menos movimentada. Com o passar dos anos, o Caminho da Fé foi ganhando popularidade. Em 2005, a Associação dos Amigos do Caminho da Fé (AACaminho) foi fundada para organizar e promover o trajeto.
Atualmente, o Caminho da Fé é um dos principais destinos de peregrinação do Brasil. A rota recebe milhares de peregrinos todos os anos, que vêm de todas as partes do país e do mundo.
Geralmente a forma mais popular de se percorrer o caminho é a pé ou de bicicleta. É comum encontrar pessoas a cavalo também.
O caminho possui diversas versões. O ramal principal sai de Águas da Prata em São Paulo, adentra Minas Gerais por Andradas, passa por Ouro Fino, Inconfidentes, Estiva, Paraisópolis e Brasópolis, entre outras localidades. Volta a São Paulo em Campos do Jordão e finaliza em Aparecida. Esse ramal tem pouco mais de 300 km.
Escolhemos a mesma rota anterior, seguindo o ramal principal. Como o ano anterior, partimos da cidade vizinha de Águas da Prata, São João da Boa Vista, que tem melhor estrutura de hotéis.
Eu moro em Cacoal, Rondônia. Tomei um ônibus com destino a São Carlos, SP. Lá encontrei o Roberto e seguimos noutro ônibus para São João da Boa Vista, SP.
Passamos o dia seguinte montando as bicicletas e nos preparando para a partida. Minha bagagem eu enviei via transportadora para Aparecida.
Diferente da outra viagem, desta vez escolhi ir de MTB. Anteriormente, viajei com a Sense Versa que, embora seja leve e ágil, não tem uma relação adequada para as grandes subidas do percurso. Com a full suspension Scott Spark também busquei um maior conforto. A bagagem se resumia a um par de roupas pra usar de noite, ferramentas e alguma coisa para comer na estrada. O caminho conta com muitos pontos de apoio de modo que água, alimento e pouso não são preocupações.
Saímos de São João da Boa Vista às 6 h da manhã, sob uma chuvinha fina. Em Águas da Prata, fizemos uma parada para abastecer nossas mochilas com pães de queijo e água mineral. Começamos seguir as setinhas amarelas que indicam o caminho todo.
O início do percurso foi tranquilo, com um forte vento nas costas nos ajudando a pedalar. No entanto, a dificuldade aumentou na descida para Andradas, onde o barro fez com que o trecho ficasse bem escorregadio. Um grupo de motociclistas teve grandes dificuldades para vencer o trecho.
Após o almoço, seguimos para Ouro Fino, onde chegamos às 17h30 e fomos recebidos pela icônica figura do Menino da Porteira na entrada da cidade. O dia foi sem sol e bem fresco, ótimo para pedalar.
No segundo dia, deixamos Ouro Fino por volta das 7h. O sol já estava castigando, e as subidas íngremes e intermináveis começaram a nos desafiar.
A subida da Porteira do Céu, que fica entre Ouro Fino e Inconfidentes, foi a mais difícil do dia. Lá em cima, além da visão privilegiada, há uma pequena capela. Em Tocos do Mogi, já bem cansados, chegamos à hora do almoço.
Após a refeição, seguimos para Estiva, onde chegamos às 19h. O dia foi quente, e o sol só arrefeceu após as 15h.
O terceiro dia foi o mais desafiador da viagem. A Serra do Caçador, que fica entre Estiva e Consolação, é uma subida íngreme e longa que exige muito esforço.
Eu e Roberto tivemos que apear da bicicleta várias vezes para recuperar o fôlego – mesmo a relação da bicicleta ajudando, faltavam pernas em alguns momentos. Após a subida, seguimos para Paraisópolis, onde chegamos às 15h.
Com previsão de chuva, deixamos Paraisópolis às 16h. A previsão se confirmou, e uma leve precipitação nos acompanhou durante mais de uma hora.
Chegamos a Luminosa às 19h, após 63 km de pedalada. O dia foi finalizado com uma descida de 3 km que antecedeu a chegada à cidade. O clima do lugar estava muito agradável com algum chuvisco. As pensões lotadas já que muitos peregrinos seguiam a Aparecida para os festejos da padroeira no dia 12 de outubro.
No quarto dia, deixamos Luminosa por volta das 7h. O dia começou com chuva, mas o sol logo apareceu.
A subida para Campos do Jordão foi longa e difícil, principalmente no trecho com muito barro vermelho. Em alguns momentos, foi necessário empurrar a bicicleta. Paramos por uma boa meia hora para lavar as bicicletas num riacho.
No trecho de barro, perdi os freios traseiros da minha bicicleta, já que a lama desgasta as pastilhas rapidamente. Desci com muito cuidado para Campos, não aproveitando tando o trecho bem inclinado. Passamos algum frio pois estávamos molhados.
Apesar dos desafios, chegamos a Campos do Jordão às 13h. O dia foi marcado pelo encontro com inúmeros peregrinos a pé pelo caminho.
O último dia da viagem foi tranquilo. Saímos de Campos do Jordão às 6h e pedalamos por 32 km até Aparecida.
O percurso incluiu uma subida inicial de 8 km, seguida por uma descida de 21 km. A temperatura estava agradável, e nem precisamos de corta-vento.
Chegamos a Aparecida às 11h, onde entramos na Basílica para agradecer pela jornada. A imponência e beleza do lugar impressionam.
Nos hospedamos em Aparecida e lá ficamos até o dia 12. A cidade, dado o feriado alusivo à padroeira, estava muito movimentada. Peguei minha bagagem na transportadora e aproveitei para enviar minha bicicleta de volta para Rondônia pelo mesmo serviço porque eu seguiria para São Paulo onde ficaria uns dias.
A cicloviagem pelo Caminho da Fé é uma experiência inesquecível e já posso dizer que a faria uma terceira vez. A beleza da natureza, a fé dos peregrinos e os desafios do percurso sempre marcam.
Recomendamos a experiência a todos que gostam de pedalar e buscam uma jornada de autoconhecimento, reflexão, desafios e, se for o caso, de fé também.
Dia | Data | Link | Distância | Altimetria |
Dia 5 | 11/10/22 | https://www.strava.com/activities/7946775004 | 77,01 km | 453 m |
Dia 4 | 10/10/22 | https://www.strava.com/activities/7942345048 | 22,73 km | 1.332 m |
Dia 3 – Tarde | 09/10/22 | https://www.strava.com/activities/7942341631 | 22,89 km | 713 m |
Dia 3 – Manhã | 09/10/22 | https://www.strava.com/activities/7937411633 | 39,83 km | 1.254 m |
Dia 2 – Tarde | 08/10/22 | https://www.strava.com/activities/7932954188 | 17,80 km | 696 m |
Dia 2 – Tarde | 08/10/22 | https://www.strava.com/activities/7932953134 | 2,14 km | 71 m |
Dia 2 – Manhã | 08/10/22 | https://www.strava.com/activities/7932952604 | 45,31 km | 1.380 m |
Dia 1 – Tarde | 07/10/22 | https://www.strava.com/activities/7927205526 | 39,52 km | 1.056 m |
Dia 1 – Manhã | 07/10/22 | https://www.strava.com/activities/7926166855 | 41,79 km | 1.055 m |
Em 2019, eu inventei essa ideia de ir de Porto Velho a Manaus de bicicleta. Os planos foram feitos para serem executados em 2020. A Pandemia de Covid-19 chegou e muita coisa foi postergada, inclusive essa viagem. Nesse interregno, outros interessados apareceram e compraram a proposta.
No Natal de 2021 eu um dos meus irmãos, o Roberto, fixamos que em junho do próximo ano (2022) faríamos o percurso.
Toda minha experiência com viagens de bicicleta se resumia ao trecho do Caminho da Fé, de São João da Boa Vista a Aparecida, percurso que eu e o Roberto fizemos em 2019, e a pequenas viagens em Rondônia para acampar (que são chamadas de bikepacking) – algumas sozinho.
Nosso plano sempre foi viajar sem apoio algum, levando alimentos suficientes para alguns dias e equipamento para acampar ao relento se fosse necessário.
O trecho pretendido, de Porto Velho em Rondônia até Manaus no Amazonas, seria todo pela BR 319. A rodovia em questão liga as duas capitais sendo em parte pavimentada atualmente (no passado, ela já foi toda asfaltada). Os primeiros 217 km estavam pavimentados bem como os últimos 190. No meio, 460 km de estrada de terra, com a promessa de atoleiros.
Escolhemos junho porque, em tese, estaria na época da estiagem e com menor possibilidade de passarmos por trechos de atoleiros.
A comitiva foi formada por mim, meus irmãos Roberto e Max e um amigo, o Rudhy. O Roberto se deslocou de Dourados, MS, e nos encontramos todos em Porto Velho. Feitos os últimos preparos e adquiridos alguns suprimentos, saímos para percorrer a tal BR 319 na manhã do dia 1º de junho.
Nem eu nem meus companheiros jamais havia percorrido a BR 319 de modo que o planejamento foi todo feito assistindo alguns vídeos no YouTube (do @leopedalandopelomundo) e consultando o Google Maps.
O trecho de asfalto da BR-319 estava em boas condições, mas a estrada fica bem ruim após o Km 400. É importante estar preparado para enfrentar atoleiros e muita lama.
Quanto aos equipamentos utilizados, todos, exceto eu, pedalaram bicicletas do tipo MTB. Como o percurso seria majoritariamente plano e com algum asfalto, achei por bem ir com minha Sense Versa, que é uma bicicleta com cara de estradeira mas com geometria e pneus bem confortáveis. Não me arrependi, mesmo nas regiões mais barrentas.
A bagagem levei em dois alforges pequenos. Outros companheiros levaram alforges também ou bolsas menores, em bagageiro ou de selim.
Acampamos a maior parte do tempo, mas apenas duas noites ao relento. Em geral se encontra uma varanda para armar uma barraca ou amarrar uma rede. É comum se encontrar, nessas paradas, refeições à venda, quase sempre na modalidade prato feito. Cozinhamos pouco e no último dia acabamos doando uns 7 kg de alimentos para uma moradora local.
Este é o meu diário de viagem.
Depois de dois anos de planejamento, finalmente começou a nossa viagem de bicicleta pela BR-319. Saímos de Porto Velho às 7h30 da manhã e pedalamos até Assuanópolis, onde almoçamos. Depois, seguimos por mais 23 km até a Lanchonete do Km 100, onde acampamos.
O dia foi tranquilo, com pouco movimento na estrada e um clima agradável. Pedalamos em um trecho plano, com altimetria insignificante. Pegamos uma leve chuva antes do almoço, mas nada que atrapalhasse a viagem.
No total, pedalamos 108 km, com uma média de 18 km/h.
No segundo dia, partimos do Km 100 às 6 h da manhã e tomamos o melhor açaí da viagem 40 km depois. Confesso que não sou fã dessa iguaria, mas o calor escaldante e a necessidade de ingerir calorias fez com que eu repensasse meus conceitos. Seguimos ainda sob sol até Humaitá, onde almoçamos. Depois, pedalamos mais 30 km até o trevo com a BR 230 (que segue até Lábrea), paramos numa mercearia onde obtivemos permissão para acamparmos sob algumas árvores.
Pela primeira vez, tivemos que cozinhar nossa própria refeição. Preparamos arroz com shitaque, calabresa e seleta, ouvimos algumas conversas dos locais e fomos dormir.
No total, pedalamos 134 km, com uma média de 20 km/h.
Mesmo com a possibilidade de chuva, preferi viajar apenas com uma rede dispensando a barraca. A decisão de mostrou acertada: a rede de material sintético é muito leve, fácil de instalar e é relativamente confortável, contando com um mosquiteiro. Caso chovesse, teria uma pequena lona para cobertura.
No terceiro dia, pedalamos por 65 km pela manhã, em um trecho de asfalto. Depois, a estrada passou a ser cascalhada e em boas condições.
Paramos num lugarejo chamado Realidade para almoçar. Depois, seguimos por mais 47 km até o Restaurante do Alagoano, onde chegamos à noite, um estabelecimento simples e off grid mas com acesso à internet via satélite. Pudemos mandar mensagens aos amigos parentes.
O dia foi marcado por muita chuva e barro. As condições da estrada ficaram bem difíceis, e tivemos que pedalar com cuidado para não atolar. Aqui cabe observar que, naquela região, embora exista um período de estiagem, qualquer chuva torna a estrada perigosa para veículos automotores.
No total, pedalamos 112 km, com uma média de 15 km/h.
No quarto dia, pedalamos 40 km até o Restaurante da Mineira/D. Maria, um lugar extremamente limpo e organizado. Depois, mais 32 km até o Restaurante/Pousada do Gaúcho, onde acampamos.
O dia foi sem chuva, mas com vários trechos com bastante barro. Felizmente, não enfrentamos nenhum atoleiro.
No total, pedalamos 72 km, com uma média de 12 km/h.
No quinto dia, enfrentamos os primeiros atoleiros da viagem. Em 69 km percorridos, passamos por uns cinco trechos bem difíceis e outros tantos com bastante barro. A média do dia ficou em meros 13 km/h.
Por ser domingo, o almoço teria que ser especial. Em Humaitá o Max comprou alguns itens para pesca, o que se revelou útil. Apeamos na ponte do Igarapé Veloso e o Rudhy fisgou um pintado que assamos em seguida.
Estávamos dentro da Reserva Extrativista do Lago Capanã e conseguimos alojamento no acampamento da empresa que faz manutenção das pontes da rodovia. Pudemos descansar sob colchões pela primeira vez.
Após uma noite de perrengue com os pernilongos, partimos do alojamento da empresa que faz manutenção das pontes da rodovia – não sem antes pagarmos R$ 10 cada um por um copo de café e um ou dois pedaços de bolo na cantina da empresa.
O dia começou com um forte nevoeiro, mas logo o sol apareceu. Pedalamos por alguns quilômetros até encontrar o maior atoleiro da BR-319.
O atoleiro era tão grande que tivemos que empurrar as bicicletas por cerca de 4 quilômetros. Foi um esforço e tanto, mas conseguimos passar sem desmontar os alforges ou carregar as bikes.
Após o atoleiro, a estrada continuou cheia de buracos e atoleiros menores. A média de velocidade foi de apenas 10 quilômetros por hora. Finalizamos a manhã parando no restaurante do Raimundo para almoçar e lavar as bicicletas no rio.
Com as bicicletas limpas e apresentáveis, pegamos a BR novamente. Ainda estamos em área de reserva, sem habilitações. As possibilidades de pernoite eram uma torre da Embratel (habitada) em pouco mais de 30 quilômetros, uma pensão em 50 quilômetros ou às margens da rodovia.
Descartamos a torre porque era muito cedo quando a atingimos. A pensão ainda longe também foi descartada. Paramos numa ponte sob igarapé e encontramos água corrente e lugar elevado para acampamento. Tudo ajeitado, o jantar foi servido às 20 horas: arroz com milho e salame e miojo com creme de queijo, um clássico da culinária do cicloviajante.
Agora era dormir com a vista da Lua entre o arvoredo.
Levantamos acampamento e partimos com destino à balsa de Igapó Açú. Lá almoçamos e fizemos a travessia. Pedalamos 98 quilômetros e paramos para jantar e pernoite numa pousada. Todos escolheram quartos mas eu estava na vibe da rede e armei a minha na varanda de um dos quartos.
O asfalto estava a apenas 11 quilômetros de distância, segundo o proprietário.
Nesse dia, minha bicicleta passou por quatro furos no pneu traseiro que por fim sofreu um pequeno rasgo também. A causa: má escolha de pneu, com as paredes laterais muito finas, sendo que o barro seco causou abrasão e acabou por rasgar o pneu. Nada que um “manchão” não resolvesse!
Ainda assim, fechamos aquele dia dentro do cronograma, com 112 quilômetros. Nesse dia fizemos o último trecho de terra, uns 11 quilômetros. Depois, seguiríamos por asfalto até Careiro.
O dia foi bem quente, com chuva na parte da tarde. No dia seguinte, tudo correndo bem, chegaríamos à Capital do Amazonas.
Após algumas tapiocas na praça de Careiro (sim, com um R mesmo), saímos para o último dia da viagem. Animados por estarmos quase chegando e pelas boas condições da estrada, percorremos 79 quilômetros a 22 km/h e paramos para o almoço.
Com um singelo pedal de apenas 22 quilômetros, encerramos nossa jornada de 9 dias: tudo dentro do cronograma, sem maiores intercorrências e sem nenhuma onça avistada. Foram dias bastante desafiadores, mas também muito gratificantes.
Essa viagem de bicicleta pela BR-319 foi uma experiência incrível. Passamos por paisagens deslumbrantes, conhecemos pessoas que estão sempre dispostas a ajudar e aprendemos muito sobre a Amazônia.
Foi um desafio, mas também uma grande recompensa. Estávamos muito felizes por termos conseguido completar essa jornada e com expectativa de curtir um pouco a capital do Amazonas.
O relato de hoje será sobre minha experiência na viagem ao centro da terra, ops, ao centro místico da terra, Machu Picchu, localizado no Alto das Cordilheiras dos Andes, no nosso vizinho Peru, centro religioso, político e cultural do império inca, cidade mística e cheia de energia, onde o contato com a natureza aflora muitos sentimentos.
Em 2022 estava passando por um momento bem delicado profissionalmente na minha vida. Depois de anos trabalhando loucamente no mercado financeiro em uma instituição pública, como gerente bancária, minha cabecinha não aguentou e precisei de um tempo…
Foram alguns meses de grandes experiências e autoconhecimento que culminaram numa necessidade enorme de arrumar minha mala (seria melhor com mochila, eu sei, os relatos dos perrengues virão) e sair por aí…
Um dia após completar 40 anos, 08/09/2022, iniciei minha saga, nada convencional comparada às viagens anteriormente realizadas. Sai da cidade de Cacoal/RO a bordo do ônibus que faz a rota Cacoal/RO – Rio Branco/AC (hoje já tem uma empresa que faz a linha RIO – LIMA, parando nas capitais, que facilita muito a vida dos “viajeros do norte” (veja mais informações em https://www.transacreana.com.br/internacional).
Não falei ainda, mas a viagem foi solo, a necessidade e a vontade de explorar novos lugares fez disso apenas um mero detalhe que não diminuiu em nada a experiência vivida. Não tinha me atentado muito as melhores épocas para visitar o Peru, mas tudo conspirava a favor, pois setembro é um mês maravilhoso, clima frio e sem chuvas (o principal, neste caso).
Pesquisando informações nos inúmeros sites do google, acabei entrando num grupo de whatsapp que me ajudou muito, com pessoas relatando experiências e partilhando contatos úteis, como os dos taxistas que fazem o trecho até Inampari (cidade fronteira com Assis Brasil). Cheguei em Rio Branco às 7h e já que tinha um táxi lotação esperando-me para seguirmos até Brasiléia, de lá outro táxi até Assis Brasil, onde passei pela imigração brasileira (detalhe que a Polícia Federal fecha para o almoço das 11h30min às 13h30min).
Cheguei nos últimos minutos, o taxista brasileiro me esperou enquanto fazia esses trâmites e me levou para o lado peruano, deixando-me no ponto das vans que fazem a rota para Puerto Maldonado, local também onde fiz o câmbio (por sinal o melhor que consegui no Peru).
Van lotada, barriguinha cheia (restaurante próximo ao ponto), seguimos para Puerto Maldonado. Foram umas 4 horas não muito agradáveis (330 km aprox.), um sol escaldante e uma van sem ar condicionado, mas antes do final da tarde já estava em Puerto Maldonado, onde segui de tuc-tuc para a rodoviária.
No grupo de whatsapp descobri uma outra jovem que também viajava sozinha e acabamos nos conhecendo na rodoviária, de início ambas receosas, mas depois nos tornamos grandes companheiras nessa viagem. Saudades, Ana!!!!
Acordei próximo às 6 da manhã e fiquei apreciando aquelas paisagens encantadoras (tá, eu sei que o melhor seria subir os Andes orientais durante o dia, mas foi o que deu) e sinuosas, onde ônibus e carretas não ocupam a mesma curva (medo 1 desbloqueado).
Chegamos pela manhã em Cusco, foram aproximadamente 38 horas desde minha saída de Cacoal, com um valor infinitamente menor e quase o mesmo tempo que seria pela cia área disponível na data.
A mochileira aqui, de mala de rodinha já encarou o primeiro perrengue: como queria ficar no centro histórico, reservei um hostel bem próximo a tudo, para explorar cada pedacinho desse lugar que não tinha data programada para voltar para casa…
Porém algumas ruas são de pedras, que quebraram as rodinhas da mala nos primeiros 100 m (recomendo comprar uma mochila de no mínimo 60L), carregamos (Ana ajudando) a mala até o hostel e fomos passear pela cidade (tanto meu hostel como o Airbnb dela iniciavam às 13 horas).
Agradeço ao Zé que me emprestou a mochila dele, foi muito útil nos deslocamentos diários.
Que lugar encantador!!!!!!!!!!!!!!!!
Meu coração vibrava de tanta emoção.
Aproveitando o passeio já cuidamos de comprar nossas “boletas turísticas”, a 130 pesos que dá direito a visitar as16 principais atrações da cidade de Cusco, por 10 dias. Os lugares mais populares em Cusco incluídos neste ingresso são: Sacsayhuaman, Qosqo Center for Native Art, Tipón, Pikillacta, Ollantaytambo, Pisac, Chinchero e Moray (mais informações em https://www.ingressomachupicchu.com/comprar-bilhete-turistico-cusco/#bilhete-integral).
Aproveitei para pesquisar agências de viagens para alguns passeios (detalhe é que a cada 2 metros tem alguém vendendo passeios). Antecipadamente eu só havia comprado um city tour para a tarde do primeiro dia, Vale Sagrado para o dia seguinte e Machu Picchu (lembrem-se de comprar com antecedência de uns meses (os ingressos esgotam-se rápido e acabam ficando os circuitos mais caros).
Aproveitando a vibe incrível desse lugar mais incrível ainda, comecei meu city tour (já sem bateria no celular para registrar tudo que meus olhos e coração viam). Foi meu primeiro contato com uma cultura encantadora, de pessoas simples e hospitaleiras, que preservam a cultura e a tradição dos seus ancestrais.
Falando em cultura, no city tour participei do “ritual da coca”, o povo de Cusco mantém o uso de plantas e ervas para curar seus males diários e a folha da coca é amplamente utilizada em toda região.
Se gostei do passeio????? Hummm, nota 8 de 10, acaba sendo muito voltado “para turista ver” e o ônibus turístico não para as pessoas descerem nos pontos turístico.